Não te esqueças de ti

Nov 18, 2024

Como esquecer-me de mim? Dahhh… se é comigo que vivo e me levo para todo o lado, como me poderia esquecer?!

Vou mais fundo e apanho-me as tantas e tantas vezes que me distraio a cumprir deveres, a obedecer a padrões que me foram ensinando e tantas gravações que me distanciam do meu ser.

Claro que ele só me pode pedir, “não te esqueças de mim”. É que a única forma que tenho de estar comigo é no silêncio, na quietude. Prestar-me atenção. Apanhar-me nos mecanismos de sobrevivência, no trauma e acompanhar-me na viagem de regresso ao eu saudável que pode sentir e acolher tudo. Estar em mim é acompanhar-me na jornada. Fazer-me presente, descondicionar, desidentificar com o que não sou, mas que inconscientemente tornei como parte.

Olhar para o ponto de luz que transporto dentro. A minha chispa. Ficar aí é recordar-me. É aquecer-me, dar-me colo, habitar a minha casa, o meu templo e fazer-me sagrada.

E se me recordei agora, preciso manter a atenção presente. A disciplina de ir sempre olhar e trazer-me para o ponto. É passar tempo comigo, é fazer-me companhia. Observar o que sai e cuidar. Momento a momento.

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