Fala-se de Coragem e do Despertar a Guerreira… e parece que tenho de ir para a luta ou para a guerra… que batalha é esse que pede para ser travada?!
A vida pede coragem… e a primeira é para nascer. Fazer face a forças opostas. À dualidade, à separação.
Coragem para ser e seguir a vontade do coração. Coragem para ficar em casa, habitar o corpo e seguir-lhe a vontade.
Quão distantes podemos ser de nós, quão separados podemos estar do corpo, quando é a partir dele que nos movimentamos?
Coragem para abrir a voz e assumir o que é certo para mim. E que ser diferente é a minha melhor cara, o meu melhor fato, que tenho um passo e ritmo próprios e que nada têm de seguir normas ou padrões.
Ser guerreira nos tempos que correm é assumir que se gosta de andar devagar. Descansar muito, aproveitar o sol e o dolce far niente. Ser guerreira é não compactuar com o sistema do fazer, fazer. Respeitar que tenho mecânica própria e que há espaço e lugar para receber a diversidade e diferença. Ser guerreira é ocupar o lugar de Ser e confiar que se pode. Coragem de aceitar o que se é e amar-se com tudo.
E assumir que ser Guerreira é aprender a largar as armas e estender os braços para o embalo e o abraço. É preciso coragem para parar de resistir-se e render-se a si mesma.
É preciso coragem para entender que em mim posso descansar.