Quietude

Jul 04, 2025

Entrega à quietude. Ficar sem nada a acrescentar. Podia ser simples, mas até ser depara-se com o confronto da pressa. Do ter de fazer, ocupar-se, preencher. E observa a dinâmica que ocorre dentro. A agenda e as milhares de tarefas e afazeres que lhe vêm à mente. E como as deixa cair até que se dissolvam.

E na pressa escolhe esperar e aquietar. E talvez seja esse o mantra: “mais devagar, mesmo quando tudo já parece lento”. Podia ser passividade… esse também já foi o julgamento. Mas observa a subtileza, a maciez e ternura de se assistir e acompanhar em cada passo e gesto… e há um novo deleite. Há um sabor, uma nova contemplação e desfrute.

Podes tomar nota de como caminhas, de como se desenvolve cada movimento, como sentes o vento na pele, e tornam-se mais perceptíveis os micro-movimentos e expressões que saem de ti. E há tanta vida a acontecer dentro que olhar para fora é assistir à continuidade.

Quanto me perco quando me afasto do momento presente, perco as subtilezas, as respirações e o contacto com o que está a acontecer neste grande sistema Corpo que interliga físico, emoção e pensamento.

Volto a trazer-me uma e outra vez e todas as vezes para que sinta o pulsar que me move, para entenda o diálogo do meu corpo e posso escutá-lo e fazer-lhe a vontade.

Vou experimentando a entrega, o relaxamento, a vontade que me faz mover e sentir Vida. É que quietude nada tem de parado, é como sentar-se na plateia para escutar uma grande orquestra, que sempre dá música.

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